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Cumprindo mais uma etapa de sua pioneira caminhada na radiofonia local, o programa Sala de Debate (que já teve câmeras no estúdio) da Rádio Antena 1 ganha o estúdio e as câmeras da TV Diário, outro veículo pioneiro, fruto de muitas mãos, muitos lavores, mas especialmente do sonho meio visionário de Paulo Roberto Ceccim.
Sinto-me, com enorme alegria e em minúscula proporção, parte integrante desse processo iniciado no ano de 2002, que não se cansa de ousar, de se modernizar e de mirar o futuro. Para quem acredita na magia dos números, temos, mais uma vez, o dois e o zero se alternando na roda do calendário gregoriano. Este, o atual, com o 20 em sequência, de tantas e tão duras penas para a humanidade em geral e particularmente para a gente brasileira, antes de seu término, traz para nossa comunidade, na área da comunicação, esse sopro renovado de teimosas e inamovíveis esperanças.
O programa, na origem CDN Debate (na Rádio CDN) - do qual participei, se não desde as primeiras edições, da fase inicial e ainda de afirmação do projeto, com nomes os mais representativos da intelligentsia santa-mariense e, depois, Sala de Debate na Antena 1, desde o primeiro - ao longo de quase duas décadas, estreitou seus laços afetivos e informacionais com ouvintes de variados quadrantes geográficos e de diferentes latitudes político-ideológicas, mercê, sobretudo, de sua permanente disposição para o diálogo e para o democrático exercício de enfrentamento e aceitação das diferenças que formam o conjunto da sociedade brasileira.
Impossível, para o escriba, evitar a emoção ao relembrar participantes do programa que já nos deixaram, todos amigos queridos e talentosos atores da cena cultural de nossa cidade: Adelmo Simas Genro, Joel Abílio Pinto dos Santos, Sérgio Dalton Couto e Sérgio Assis Brasil, por ordem de falecimento.
Em muitas oportunidades, tive a alegria de fazer a mediação do programa nos impedimentos eventuais dos jornalistas Claudemir Pereira e Roberto Bisogno, dois dos apresentadores do Sala ao longo de sua alentada jornada de mais de 18 anos. Também o apresentaram os jornalistas Rogério Giaretta Jr. e Júlia Laufer Barcellos, que começam na rádio na condição de estagiários, como outros tantos profissionais que ganharam experiência e vitrine e foram mostrar seus talentos pelo Brasil afora.
Bem, fosse eu arrolar todos os nomes que passaram pelos microfones do estúdio Adelmo Simas Genro, desde quando ele era simplesmente o moderno Estúdio A da Rádio CDN, e sobre eles dizer duas ou três palavras elogiosas, faltariam adjetivos para expressar a enorme gama de qualidade intelectual que desfilou pelos microfones das rádios. Importante é, insisto nisso, ressaltar que o programa é singular em sua proposta e plural no respeito pelas ideias, pelos ideais, pelas diferentes leituras da vida e pelas variadas cosmovisões de seus participantes e de seus milhares de ouvintes.
Essa, a essência da proposta nascida com a Rádio CDN, lá em 2002, que, tenho certeza, não se perderá no formato renovado que, de olho no amanhã, se vale de diferentes mídias eletrônicas para se conectar com o mundo que nos abraça. Vida longa ao Sala!